sexta-feira, 29 de abril de 2011

Baby Monster!

Quinta-feira, cansada depois de quatro horas de aula teórica, daquelas tão divertidas que a professora precisa ameaçar jogar um giz dentro da boca da gente para  que a gente pare de bocejar... o telefone toca.
Do outro lado da linha uma amiga e vizinha, reclamando que o chuveiro queimou, e pedindo para usar o do meu apartamento. Como dizem que amigo é para essas coisas, eu deixei. Apenas avisei que primeiro passaria no supermercado (depois de 20 dias comendo marmita e biscoito cream cracker... já estava na hora).
Um supermercado lotado, uma fila enorme e uma hora depois, consegui chegar no prédio. Antes mesmo de chegar ao meu apartamento, com algumas sacolas na mão e uma mochila pesada nas costas, toquei no apartamento dela para avisar que já podia usar o chuveiro. 
Ela tinha ficado a última uma hora de toalha, esperando para usar o chuveiro. E pretendia subir as escadas assim. 
É claro que isso não ia dar certo!
Ainda abrindo a porta do meu apartamento, ouvi ela gritar. O cachorrinho dela, um bulldog inglês de 32kg, tinha saído junto com ela. E ela estava de toalha, no meio do corredor, tentando colocar ele de volta dentro de casa.
Eu, ainda com a mochila nas costas, e uma sombrinha "cutuca marido" na mão, tive que descer atrás do Baby Monster, e usando a sombrinha como espada, no melhor estilo "lutando com dragão",  tentar fazer ele voltar para casa.
Nesse momento outros vizinhos já tinham aparecido, o Baby Monster já tinha descido para a portaria e a confusão estava armada!
Com muito custo, cutucadas de sombrinha e alguns gritos, conseguimos fazê-lo subir. Mas ele subiu demais e foi parar na porta do meu apartamento, onde foi recebido por uma outra amiga minha, que simplesmente tem pavor dele. Em vez de empurrá-lo de volta, ela gritou e fechou a porta!
E nós fomos de novo atrás dele. No fim foram necessárias quatro pessoas para colocá-lo de volta dentro de casa! 
Tinha que ser o Baby Monster!!!
Esse meu novo afilhado vai dar um trabalho...

    O Baby Monster!!

domingo, 20 de março de 2011

A Volta!!

Viagem de ferias, tem tudo para ser o maximo, mas a volta...
bem, depois das minhas malas darem um passeio nem Palmas ano passado, sem me convidar, esse ano troquei de malas e fui conhecer os EUA. A viagem foi maravilhosa, exceto alguns passeios (vide Nova York), conheci pessoas incriveis e fiquei com uma imensa vontade de ficar por la... mas, uma hora a gente tem que voltar, ne?
E com o coracao apertado, e os olhos cheios de agua deixei Boston. Mas, minha vontade de ficar era tanta, que ao chegar em Atlanta, onde eu pegaria o voo para o Brasil, o aviao que eu estava nao conseguiu encontrar "vaga" e nos tivemos de ficar 40 min esperando dentro dele. Quando finalmente sai do aviao, tinha menos de 20 min para pegar o outro voo, e para chegar ao portao de embarque eu ainda tinha que pegar um trem! Entao eu corri, corri muito! Quando alcancei o trem a porta fechou, so deu tempo de dizer "please, no!!", mas nao adiantou, tive que esperar o proximo. A essa hora ja faltavam apenas 4 min para o meu voo. Cheguei ao terminal e descobri que o meu portao era na ponta oposta a que eu estava. E eu corri de novo. Mas, o folego ja fugia e as bagagens de mao nao colaboravam. Quando alcancei o portao, quase sem respirar... o aviao ja tinha saido!
Por sorte, havia outro, para o Rio, saindo dali  duas horas, mas como meu destino final nao era Sao Paulo, destino do voo perdido, eu precisava ir ao guiche da companhia. Encontrei ate uma atendente simpatica, mas as linhas pareciam estar bem ocupadas, depois de uns 40 minutos, consegui as minhas passagens. 
Tickets na mao, hora de ligar pra casa. Coloca as moedas. Disca. Espera. Cai no atendimento. 
Repete o procedomento quinze vezes... nada.
Pelo menos quando a ligacao nao completa a maquina devolve as moedas.
Vendo que nao estava dando muito certo, resolvi perguntar para alguem e descobri que estava esquecendo um digito. De volta ao telefone publico. Tudo digitado certo, ligacao completa e... ninguem consegue ouvir nada do outro lado da linha! E como a ligacao completou... nada de devolucao de moedas!
Tentativa numero dois, outro telefone, outro numero, mesmo problema. 
Tentativa tres, ligacao completa, quem esta do outro lado da linha esculta, mas a ligacao cai na metade. E as moedas tinham acabado!!
Hora de tentar trocar o dinheiro para conseguir mais moedas. Com um dollar na mao, perguntei para TODOS os que estavam proximos, se nenhum trocavs aquela nota por moedas de 25 cents. NINGUEM tinha dinheiro trocado!
Mas... sempre tem uma coisa boa, um deles resolveu me emprestar o celular. (Eu sei, a gente nao deve aceitar coisa de estranhos, mhas nesse caso era necessario).
Consegui falar! Tudo avisado e mais tranquila, agradeci a boa alma que me ajudou e voltei ao portao de embarque.
Dentro do aviao, tudo tranquilo, exceto pela uma hora de atraso para  comecar a decolar.
Uma hora que era o tempo que eu tinha para pegar o voo seguinte, ao chegar ao Brasil.
Entrei na fila de desembarque apenas 20 min antes do meu ultimo voo sair. Ja sabendo que o perderia e que a empresa teria que arrumar outro... fiquei tranquila, ate pegar minha mala. Parece historia velha... mas veio uma, duas, tres... todas as malas, a esteira parou e: Cade as minhas malas???
Dessa vez elas resolveram conhecer Atlanta!!
Sao viajadas, nao??
Pena que elas nunca me convidam para ir junto. Mas, as minhas roupas e os presentes que compro na viagem, esses elas SEMPRE convidam! E ja me falaram que so voltam amanha!
Mas agora eu aprendi, o problema eh a volta, entao da proxima eu fico por la rsrs

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Viagem Nao Programada

Uma viagem sempre lembra outra, e essa semana eu lembrei do meu ultimo feriado no Brasil. Bem, como cada um tinha um plano diferente no natal, minha familia decidiu se reunir no feriado antes das festas. Todo mundo na casa do meu avo. Mas quando me avisaram eu ja tinha um compromisso no fim de semana e nao poderia ir.
Tudo certo, eu nao estava nem pensando na farra que a familia faria sem mim. Ate que em plena sexta-feira, vespera de feriado, largando o servico, meu colega de trabalho pergunta "e ai? Vai pra casa no feriado?". E e eu respondo "Vou nao. Toda a minha familia vai estar reunida. Mas num vai dar para eu ir nao."
Nos despedimos, mas eu fiquei com aquilo na cabeca "toda a minha familia vai estar reunida, menos eu". E cheguei a conclusao "porque eu nao vou?". Dentro do onibus, no caminho de casa eu decidi "eu vou!".
Cheguei no ponto proximo de casa faltando 5 minutos para a loja de passagens fechar. Corri os quatro quarteiroes de distancia em exatos 4 minutos! E por invricel que pareca, consegui entrar. Era o meu dia de sorte!
Como ainda tinha o compromisso, comprei a passagem para domingo de manha. No caminho pra casa liguei para uma prima pedindo que me buscasse na rodoviaria no fim de semana, e mantesse a minha chegada surpresa.
No sabado fui para a minha aula de ingles mais animada, assisti todos os horarios, voltei para casa, fiz as malas e me preparei para o compromisso. Bem, o compromisso era uma festa open bar. Fiquei com medo de chegar tarde e deixei tudo pronto para o dia seguinte.
E eh claro que eu cheguei tarde, bem mais do que eu poderia imaginar. Por garantia coloquei tres despertadores para me acordar.
No domingo acordei as 9h da manha. Tudo tranquilo, exceto pelo fato do horario do meu onibus ser 8h50min! Eu havia perdido o onibus!
Desesperada, me arrumei em 5 min, chamei um taxi e fui pra rodoviaria, na esperanca de que o proximo horario fosse realmente proximo.
Olhei todos os guiches, o horario mais proximo era uma da tarde!
Coincidentemente era na mesma empresa. Ja desanimada, comecei a conversar com o cara do guiche e contei que tinha perdido o onibus. E ele me perguntou "posso ver a passagem do que voce perdeu?". Sem entender nada entreguei a passagem e ele me contou (informacao de utilidade publica!!) que apos ser decretada uma lei no ano passado, todas as passagens nao utilizadas tem validade de um ano e caso voce perca o onibus, pode trocar a pasaagem e pegar outro.
Primeira sorte do dia!
Sem ter que pagar a passagem de novo, e agora um pouco mais feliz, fui esperar pelo meu onibus.
Pensando, "agora vou aproveitar para terminar o meu livro". Ledo engano. Encontrei alguem que resolveu conversar comigo e me contar toooooda a sua vida. Educada, ouvi tudo com muita atencao. Hora com real interesse, hora ansiando pelo onibus!
Tres a quatro horas depois... o onibus chegou!
Bem, aparentemente a sorte tinha me deixado. Toda linha tem um onibus muito bom e um muito ruim. Sim. O meu era o ruim. Passei as 7h de viagem tentando encontrar posicao para dormir. E como se isso nao fosse suficiente, os passageiros do banco de tras do meu conversavam tao baixo que mesmo com os meus fones de ouvido, em determinados momenros eu nao cobseguia ouvir a minha musica!
Para completar, eu nao estava me sentindo muito bem.
Uma otima viagem.
Finalmente cheguei a casa do meu avo. E no exato momento em que reclamavam da minha pessoa. Sem saber que eu estava indo para a reuniao de familia, minha mae ligou o dia inteiro para o meu apartamento, e obviamente nao me encontrou. O meu celular estava fora de area (eu estava na estrada). Enfim, ela ja estava louca comigo!
Mas eu cheguei a tempo de me defender e contar toda a historia. O feriado foi otimo e com direito a muitas gargalhadas.
Mas, a viagem so termina quando a gente volta pra casa. E na volta, bem tudo o que eu nao dormi na ida, eu dormi na volta. E eu passei da rodoviaria!
Quando acordei ja estava quase em outra cidade! Tive que descer do onibus e pegar um de linha pra voltar pra casa!
O que eu aprendi com isso tudo? Da proxima vez eu faco a reuniao de familia na minha casa!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Nova York: Uma viagem dos sonhos

Depois de alguns meses de abandono... I'm back!
Bem, antes de comecar a historia, um aviso, o computador nao tem acentos nem cedilha, entao, as palavras nao acentuadas, nao sao erros de portugues, ok?
Espero que gostem do retorno.

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Nova York! Set para a maioria dos filmes Hollywoodianos, a cidade que nunca dorme, o sonho de muitas pessoas e... o meu pesadelo!
Pensando que saindo do pais tudo estaria bem, que ficaria um tempo sem assunto para o Comedias, resolvi visitar alguns parentes nos EUA. E eh claro,  uma vez na nacao norte-amereicana, nao poderia deixar de conhecer a tao famosa Nova York. Sendo assim, dois dias apos o Natal, junto com meus companheiros de viagem, peguei um onibus de Boston para a Big Apple. Tudo tranquilo, ate chegarmos em Mahatan, onde entramos pelo que parecia ser "os fundos" da cidade, um bairro mais baguncado do que o meu armario em dia de visita (aquele dia que a gente esconde toda a bagunca dentro dele), e que para ficar ainda mais agradavel estava sofrendo com uma greve de catadores de lixo, enfim lembrava um pouco um campo de batalha, bem bonito. 
Ansiosos por sair dali, fomos a procura de um taxi para chegarmos ao hotel e apagar aquela linda imagem de nossas mentes.
Taxi, um dos simbolos da cidade, a coisa mais facil de se encontrar, certo?
Errado! Nao era bem assim. para comecar, estavamos em 5 pessoas, o que reduzia as nossas possibilidades de taxis a pelo menos metade, jah que apenas mini-vans poderiam nos levar. Como problema pouco eh bobagem, tambem tinhamos outro agravante: nao tinhamos a MINIMA ideia de onde estavamos, ou seja, nao sabiamos para qual lado deveriamos pegar o taxi. Para solucionar esse probleminha, andamos por cerca de meia hora ou mais a procura de informacao. Caminhada super agradavel, pelas calcadas cheias de neve (algumas ate o joelho), numa temperatura amena de -2 ou -3ºC.
Apos cerca de duas horas, e muitos desaforos para os taxis que nao quiseram parar, conseguimos um que nos levasse. 
Ao saber o endereco o taxista perguntou se queriamos rodar com taximetro ou o preco fechado da corrida, que sairia por cerca de U$15. Sem saber a distancia, topamos o valor fechado. E o taxista ficou satisfeito.
Mas, esse tambem nao era o dia de sorte dele, a distancia era realmente curta, mas pegamos um congestionamento enorme. Apos quase uma hora, o taxista jah estava furioso por nao ter ficado com o taximetro ligado, e pediu que nos retirassemos. 
Claro, que nao com toda essa educacao. Foi mais algo como: "ou voces saem aqui, ou eu vou mudar o preco da corrida, e vai ficar bem caro".
Sendo assim, por livre e espontanea vontade, descemos do taxi e seguimos caminhando. Novamente uma agradavel caminhada sob tempertaura amena, e boas condicoes de terreno.
Oito quarteiroes mais tarde, alcancamos o hotel. Os planos iniciais eram deixar as malas nos quartos e pegar o onibus de turismo, no entanto depois de toda a jornada, jah nao dava mais tempo de fazer o tour, entao, munidos dos enderecos dos principais lugares que queriamos conhecer (pontos turisticos e lojas), e acreditando que as numeracoes das ruas eram coincidentes (que o 700 da 7th Ave seria na altura do 700 da 8th Ave, e assim por diante), resolvemos explorar a Time Square.
Como era de se esperar, estavamos enganados, e apesar da maioria dos enderecos serem em numeracoes proximas, eles eram completamente opostos uns dos outros, e ao final do dia, nao tinha um que nao estivesse reclamando de dores nos pes ou pernas. E a frase "eu nunca andei tanto na minha vida", virou quase um mantra entre nos.
No dia seguinte, levantamos cedo e animados, pelo menos ateh descobrirmos que todas as lojas e pontos turisticos abriam depois das 10h, e ainda nao eram nem 9h.
Ainda assim, persistentes, voltamos a explorar a cidade, agora um pouco mais cientes da realidade das numeracoes, e quase acostumados com os montes de neve que deveriamos pular cada vez que quisessemos atravessar a rua, alem das constantes tentativas de atropelamentos. Um bom dia. Ate decidirmos voltar para casa.
Novamente, o taxi!
Na esperanca de que a razao da dificuldade de se conseguir um taxi no dia anterior fosse devida a nossa ma localizacao, fomos para a porta do hotel tentar conseguir um que nos levasse ao ponto em que pegariamos nosso onibus.
Ledo engano. Assistimos por 40 min a luta de outra hospede para conseguir um taxi. Calculando que para nos cinco seria ainda mais dificil, tentamos mudar de avenida. Sem sucesso. Mais uma hora de luta, agora nossa. E apos reprimirmos por algumas vezes a vontade de pular na frente dos taxis para faze-los parar, aceitamos que perderiamos o dinheiro das passagens de volta, e decidimos pegar outro onibus em uma estacao que pudessemos chegar a pe.
Na estacao, conseguimos passagem para um onibus que sairia em 15 minutos, e tivemos certeza que a sorte comecava a mudar...
Mas a viagem ainda nao tinha acabado.
Apos mais de meia hora de atraso, quando finalmente conseguimos entrar no onibus descobrimos que nossos lugares estavam ocupados, e ao reclamarmos com o motorista, recebemos uma simpatica gargalhada, acompanhada de palavras como: "sentem em qualquer lugar".
Como falta de sorte nunca vem em pouca quantidade, cada um de nos teve uma surpresa no seu acento: os que pretendiam ler, foram presenteados com uma luz de leitura queimada; quem estava com frio descobriu que a saida do ar condicionado, sobre sua cabeca, estava sem tampa e todo o ar frio vinha em sua direcao; quem estava com sono descobriu que sua cadeira estava quebrada, e que se tentasse deita-la cairia no colo do passageiro de tras, que por sua vez, era o ultimo da turma, que foi surpreendido pelo peso do companheiro de viagem.
Uma verdadeira viagem dos sonhos!!!
Aos amantes de Nova York, nao fiquem tristes, a cidade eh bonita... contanto que nao se va de onibus, no inverno, entre o natal e o reveillon, apos uma das maiores tempestades de neve dos ultimos 5 anos e em plena greve dos limpadores de rua.
No mais, tudo perfeito.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tal Filha Tal Pai

Aparentemente, a minha grande sorte é de família. No último feriado, meu pai resolveu me visitar, foi tudo tranqüilo até... a volta!
Ele tinha passagem de trem comprada saindo de uma cidade a mais ou menos 50km da que moro, com o horário marcado para 8h da manhã. Para conseguir chegar até lá, ele comprou uma passagem de ônibus saindo daqui as 6h20min da manhã, o que daria tempo de sobra... teoricamente.
As 6h da manhã ele já estava no ponto esperando. Encontrou um conhecido e ficou conversando. O ônibus do outro chegou, e ele notou que já eram 6h30min, e o dele ainda não tinha passado. Ficou tranqüilo, ainda tinha 1h e 30min para chegar à estação.
Deu 6h 40min e ele começou a ficar preocupado.
6h 50 min, e ele já estava ficando nervoso.
7h, e ele já estava desesperado.
7h 10min e... o ônibus chegou!
Já sem tranqüilidade nenhuma, a única esperança que ele tinha era que o ônibus não parasse muito, assim ele ainda teria como pegar o trem.
Mas, aquele não era o dia de sorte dele. Faltando poucos quilômetros para chegar à estação... um engarrafamento!
Uma obra havia sido começada naquela semana, quase na entrada da cidade, gerando um engarrafamento quilométrico, onde ele ficou preso por quase uma hora.
Ás 8h20min ele finalmente conseguiu chegar à estação, mas, obviamente, o trem já havia partido.
Já sem saber o que fazer, foi abordado por um taxista que lhe deu a idéia de tentar alcançar o trem a próxima estação, garantindo que conseguiria.
Mais animado, entrou no táxi e começou a "perseguição".
Corta caminho daqui, pega um atalho dali, e cerca de meia hora depois, lá estavam eles na outra estação.
E adivinha? O trem havia acabado de partir!
Novamente, ele ficou desanimado. Até que outro taxista veio ao encontro dele e assim como o primeiro, disse que poderiam pegar o trem na estação seguinte.
Mais uma vez, lá foi ele atrás do trem. Mais atalhos. Mais alguns cortes de caminho, e mais meia hora. E lá estava ele na terceira estação, onde... o trem tinha acabado de partir de novo!
Dessa vez ele nem quis saber de taxista. Foi direto a rodoviária, onde descobriu que não tinha ônibus direto pra casa, mas que poderia pegar um para  uma cidade próxima, na qual encontraria várias linhas para casa.
Só havia um problema, o próximo ônibus para a tal cidade só sairia dali 2h. Sem muita opção, ele esperou.
E se passaram 1... 2... 3... e quando completavam 4h de aguardo ele decidiu ir ao caixa. Já "elogiava" a empresa e pedia o dinheiro de volta, quando o ônibus finalmente chegou. Decidiu seguir viagem.
Mais 3hs e chegou a cidade onde encontraria ônibus fácil para vencer os últimos 100km.
Bem, o ônibus "fácil" só sairia dali, pelo menos, 1h.
Novamente ele esperou por mais ou menos 2h. Até que finalmente o ônibus chegou.
E dessa vez, finalmente, conseguiu terminar o caminho!
Demorou mais de 14h para percorrer 400km, passou por uma odisséia, mas chegou. E eu, finalmente, descobri de onde veio toda a minha "sorte".
É, nem tudo só acontece comigo.

domingo, 10 de outubro de 2010

Tique nervoso

Caramba!! Esse trem de trabalhar e estudar cansa mesmo. Não tenho tido ânimo de escrever por aqui.
Mas, até que tem surgido boas histórias... e hoje vou deixar pelo menos uma curtinha
Divirtam-se!

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Tique nervoso. Para um bom "sortudo" é algo quase que obrigatório, e é claro que eu tenho.
Qual é? Bem, não poderia ser qualquer coisa, tinha que render alguns micos, né?
Então, sempre que estou muito nervosa ou ansiosa... o meu olho direito pisca sozinho.
Isso aí, eu pisco de apenas UM olho, igualzinho aquela "piscadinha" que a gente aprende na escolinha quando é criança. Aquela de cantada, sabe?
E a melhor parte? Eu pego ônibus lotado quase todo dia.
Imagine se meu tique ataca dentro do ônibus? Até eu explicar...
Pois é, isso aconteceu essa semana!
O desavisado, que devia ter uns 15 anos, passou a viagem inteira olhando pra mim.
Tem coisa... que só acontece comigo!

domingo, 12 de setembro de 2010

Primeiro dia

Primeiro dia de trabalho todo mundo quer chegar no horário, ou até mais cedo. Afinal a primeira impressão é a que fica.
Bem, eu não sou diferente, no meu primeiro dia já tinha feito e refeito o caminho um milhão de vezes, calculado cada horário, para assegurar que nada daria errado. Só esqueci de calcular uma coisa: o fator eu.
E é claro, que deu errado.
Eu sabia que demoravam cerca de 40 min da minha casa até o trabalho, pensando assim saí de casa 1h20min antes do horário que deveria começar a trabalhar, ou seja 80 min antes. Considerando que meu ônibus passava a cada 20 min, era o plano perfeito.
Mas, quando cheguei ao ponto, vi tudo começar a dar errado. O ônibus demorou quase 40 minutos para chegar. Ansiosa como sou, estava prestes a ter um ataque. No entanto quando ele chegou, me acalmei, pensei que estivesse tudo resolvido, afinal só tinha perdido o tempo extra, ainda me restavam quarenta e poucos minutos.
Só que a história não termina aí. Quinze minutos depois, o ônibus parou. Aparentemente tudo se começa em uma segunda-feira, inclusive as obras de alargamento da pista. Estávamos em um engarrafamento!
Simplesmente não se conseguia ver até onde ele ia. Ficamos parados mais de trinta minutos. O que significa que ao sair do engarrafamento eu já estava no horário de começar a trabalhar. E obviamente já estava desesperada.
Inteligente como sou, é claro que não tinha o contato de ninguém para poder avisar e justificar o meu atraso.
Só me restava torcer que não houvessem mais problemas.
Ingenuidade.
Todas as vezes que tinha feito o percurso sempre tinha ido com motoristas que corriam tanto que a cada curva tinha que me segurar para não ser arremessada. Nesse dia em que eu realmente precisava de um desses. Encontrei o primeiro motorista de ônibus dessa cidade que realmente respeita os limites de velocidade. E de fato, roda bem abaixo deles. O que podemos chamar de tartaruga.
Somando isso ao fato de em TODOS os pontos ter alguém para descer (eu já estava com vontade de matar o próximo que desse sinal), no meu primeiro dia de trabalho eu cheguei: 30 minutos atrasada!
Uma ótima primeira impressão, não?
Tem coisas...
... que só acontecem comigo!

Ps.: Acho que vou mudar o nome do livro, que tal: "Coisas Que Só Acontecem Comigo"?